A escola também é lugar de aprender a superar os desafios enfrentados na trajetória de vida dos estudantes, promovendo seu protagonismo e motivação. Esse é o mote do projeto Se Liga na Escola, uma parceria entre a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que teve a quinta edição realizada nesta sexta-feira (18), no espaço do SebraeLab do Parque Tecnológico de Brasília (Biotic).
Nos últimos dois anos, o projeto Se Liga na Escola do Sebrae foi destinado aos alunos e professores que participam do Programa SuperAção da SEEDF, que é voltado à recuperação das aprendizagens dos estudantes em situação de incompatibilidade idade/ano. Este ano, não foi diferente.
A fim de manter o vínculo dos estudantes com o ambiente de estudos, as atividades promovidas visam reduzir o abandono e a evasão escolar. A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, conversou com os estudantes na abertura do evento. “Além da aprendizagem, a escola também é um espaço de socialização. Essa parceria com o Sebrae, além de incentivar a interação, também promove os princípios do empreendedorismo entre professores e estudantes”, observou.
“A situação desses estudantes, muitas vezes desmotivados, tem grande relação com o abandono escolar. O projeto proporciona aos estudantes e aos professores um momento de reflexão, de se conectar com o seu potencial”
Fabíola Gonzaga, gerente de Atenção às Aprendizagens da Diretoria do Ensino Fundamental
A subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, também falou aos professores e estudantes presentes. “O sucesso do projeto conta com a condução de um professor que também acredita, que faz a diferença e contribui para transformar a vida de cada um de vocês”, ressaltou.
A educadora ressaltou que o sucesso do Programa SuperAção passa pela parceria firmada com diferentes frentes. “Temos parceiros fortes, sólidos, como o Sebrae, que permitem experiências de excelência aos nossos estudantes, como o Se Liga na Escola”, concluiu Iêdes.
Gincanas de aprendizagem
Fabíola Gonzaga, gerente de Atenção às Aprendizagens da Diretoria do Ensino Fundamental, explicou que o Programa SuperAção é a solução para um grande desafio para a educação. “A situação desses estudantes, muitas vezes desmotivados, tem grande relação com o abandono escolar. O projeto proporciona aos estudantes e aos professores um momento de reflexão, de se conectar com o seu potencial”, pontuou.
Essa edição do Se Liga na Escola contou com a participação de 20 equipes formadas por quatro estudantes e um professor do Programa SuperAção, totalizando 80 estudantes e 20 professores. As equipes inscritas, vindas de 13 coordenações regionais de ensino (CREs), realizaram três desafios, chamados A voz da equipe, Vídeo do professor transformador e Desafio identificado x Solução proposta.
As ações do evento duraram o dia todo, iniciadas às 9h, e combinaram palestras de professores e alunos participantes, contando suas histórias de superação. Além disso, foram promovidas gincanas motivacionais, com a entrega de brindes para estudantes e professores. A programação do evento contou ainda com oficinas e atividades lúdicas e gamificadas, antes do encerramento, que ocorreu às 16h.
Motivação
Fabíola destacou que a motivação e o protagonismo nos projetos de identificação de desafios e sugestão de melhorias no ambiente escolar são capazes de mudar a vida desses estudantes em defasagem educacional, fazendo com que acreditem que as dificuldades podem ser superadas. “Esse é o objetivo desse programa. Torcemos para que essa motivação possa contagiar alunos e professores”, estimulou a gerente de Atenção às Aprendizagens.
A estudante Emanuelle Sena, 15 anos, foi uma das palestrantes e trouxe sua experiência no Centro de Ensino Fundamental (CEF) do Bosque, em São Sebastião. “Queria que esse projeto tivesse começado antes. Sempre estudei em escola pública e minhas notas sempre foram as melhores. Só que durante a pandemia, minha avó, com quem eu morava, faleceu e comecei a decair na escola”, disse ela.
“O programa surgiu para mim e fiz o sétimo e o oitavo ano em um ano letivo, o que me ajudou muito. Arrumei um emprego e estou indo superbem na escola”, contou a aluna, satisfeita com seus resultados no programa.
*Com informações da SEEDF
Fonte: Agência Brasília