O número de cirurgias eletivas realizadas em toda a rede pública de saúde do Distrito Federal tem aumentado gradativamente à medida que a vacinação contra covid-19 é ampliada, tendo em vista que o número de internações nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias por conta da doença estão diminuindo. A retomada das cirurgias eletivas que não necessitam da reserva de leito de UTI pós-cirúrgico foi autorizada pela Secretaria de Saúde desde 4 de maio de 2021.
No período de 4 de junho a 4 de julho foram realizadas um total de 5.214 cirurgias, entre eletivas e de urgência/emergência. Destas, foram 1.581 cirurgias eletivas, sendo 60 delas realizadas nos centros obstétricos (CO). Já o número de cirurgias de urgência/emergência foi de 3.633, quantitativo bem maior ao registrado no primeiro mês de retomada, que foi de 2.133.
No primeiro mês após a retomada, foram realizadas um total de 1.245 cirurgias eletivas de pequeno e médio porte em centros cirúrgicos (CC) de toda a rede. Já no segundo mês, o número registrado foi de 1.521 procedimentos eletivos em centros cirúrgicos.
Segundo a secretária adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua, estima-se que de junho para julho provavelmente ocorra um aumento ainda maior nestes números de procedimentos realizados, pois os leitos de UTI eletivos serão devolvidos para cada hospital progressivamente.
“As cirurgias eletivas de grande porte serão retomadas agora, pois à medida que desmobilizamos o número de leitos de UTI Covid conseguimos devolver esses leitos para a assistência não-covid, e nisso retomamos todos os outros serviços assistenciais, como leitos que eram destinados para trauma, coluna, ortopedia, cirurgias de grande porte”, explica.
O objetivo é centralizar os casos de covid-19, à medida que forem diminuindo, nos hospitais de campanha. Recentemente, o GDF inaugurou mais três unidades (Gama, Ceilândia e Autódromo de Brasília), com 300 Leitos de Suporte Pulmonar Ventilatório, o que ajudou a desafogar o fluxo dentro dos outros hospitais da rede.
Raquel destaca que as filas para cirurgias estão em processo regulatório pelo Complexo Regulador de Saúde. “Observamos que na pandemia essas filas cresceram bastante e com essa retomada foi observado que alguns pacientes estão com exames atrasados e tem todo um processo de atualização destes exames e do preparo do paciente até o procedimento cirúrgico, até que ele realmente seja efetivado”, informa.
De acordo com a gestora, as cirurgias de pequeno e médio porte avançaram bastante nesses dois meses de retomada, e a expectativa é que as cirurgias de grande porte avancem a partir de agora com a retomada de leitos de UTI cirúrgicos eletivos.
* Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília