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Bacia do Drenar ganha 600 metros de gradis de proteção

Enquanto a bacia de detenção aguarda o fim das obras do sistema do Drenar DF, o maior programa de captação e escoamento de águas pluviais, operários instalam 600 metros lineares de gradis de proteção ao redor da estrutura.

O cercamento da área com alambrados de aço galvanizado segue uma determinação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As instalações começaram a ser feitas na semana passada e devem ser finalizadas nos próximos dias. Também haverá placas informativas advertindo sobre o perigo de ultrapassar a barreira, uma vez que a bacia não será própria para banho.

Operários instalam gradis de proteção ao redor da bacia de detenção, que vai reduzir a pressão da água que chega no Lago Paranoá | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

“A água chegará à bacia por um dispositivo que já vai separar o material que não deve ir para o lago e acalmar o volume, diminuindo a velocidade e a força”, explica Hamilton Lourenço Filho, diretor-técnico da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). “Pelo projeto, a água fica até 24 horas na bacia. Então, se chover todo dia, todo dia terá água; e, quando parar de chover, 24 horas depois, não terá mais água na bacia.”

O reservatório fica dentro do Parque Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte, na via L4, e terá a função de reduzir a pressão da água que chega ao Lago Paranoá e o índice de sujeira incorporado a partir de decantação.

O parque abrigará uma praça com área verde a ser ocupada por esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento – como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas – e frutíferas, como aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.

O piso ao redor da bacia de detenção é feito com técnica ideal para áreas externas molhadas

O espaço também contará com 5 mil m² de calçadas. Para dar mais comodidade aos moradores de Brasília que frequentarão o parque, parte do piso terá pedras portuguesas revestidas com uma técnica chamada fulget, de superfície granulada e que consiste em uma mistura de cimento, pedras naturais, agregados e resinas.

Esse piso é feito de mármore, cimento, granitos, aditivos granulados e outros materiais, o que garante um piso antiderrapante, resistente e de alta qualidade e durabilidade. A técnica é ideal para áreas externas molhadas, como por exemplo ao redor da bacia do Drenar DF.

“O parque está em fase final de acabamento. Já foram colocadas as pedras portuguesas e agora estamos aplicando o revestimento em fulget. Concluída essa etapa, vamos plantar as árvores, o que deve ocorrer ainda em dezembro”, detalha o presidente da Terracap, Izidio Santos.

O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Iphan, ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.

Drenar DF

Com investimento na ordem de R$ 180 milhões, o Drenar DF foi dividido em cinco lotes e é executado pela Terracap. A rede de tubulação começa na altura da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha) e vai até o Lago Paranoá, seguindo em paralelo às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando a W3 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte, e chega à L4 Norte.

Concluída a primeira etapa do programa, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.

 

Fonte: Agência Brasília

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