O orgulho de representar o país em uma competição mundial e voltar para casa com oito medalhas é visível entre os atletas da equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) que participaram do torneio Toughest Firefighter Alive (TFA), conhecido como “Bombeiro Durão”, em 2024.
A disputa simula os desafios da profissão no resgate das vítimas, e a edição deste ano ocorreu na Arábia Saudita, entre 4 e 9 de março. O time retornou a Brasília no início desta semana, trazendo três medalhas de ouro, duas de prata e três de bronze.
Segundo a sargento Vanessa Rocha, de 41 anos, uma das medalhistas da equipe, as conquistas na competição contribuem para “enaltecer ainda mais o nome da instituição” e aprimorar os serviços de apoio e socorro aos moradores do DF.
“O Corpo de Bombeiros do DF é uma das corporações melhor avaliadas pela sociedade. Estando mais preparados, a gente vai servir a sociedade com mais louvor. O objetivo final é bastante gratificante”, avalia a atleta.
Rotina intensa de treinos
Investir em uma competição internacional, no entanto, é um compromisso diário que demanda dedicação e renúncias. Os representantes da equipe brasileira participam de seletivas internas anuais e treinam em períodos de folga para provas da categoria.
Ao todo, 108 bombeiros militares de 25 países participaram desta edição do torneio. A equipe brasileira é formada por oito atletas da corporação do DF: seis homens e duas mulheres.
“O principal desafio é ter um bom desempenho tanto físico quanto mental”, explica a sargento Luiza Velho, 40, que garantiu três medalhas de ouro para a delegação brasileira. “É uma escolha que exige foco e renúncias, não é fácil. Mas o resultado é impagável.”
Parte das renúncias consiste em aliar os treinamentos ao serviço, e não são poucos. São seis treinos por semana – divididos em atividades focadas especificamente na prova da competição –, bem como complementação de força e exercícios aeróbicos. A rotina é pesada, intercalada com os períodos em que estão à disposição da população.
Apoio e incentivo
Bombeiro militar com experiência nesse formato de competição, o subtenente Bernardo Viegas, 44, avalia que o apoio do CBMDF é fundamental para garantir o suporte aos atletas e o incentivo à preparação.
“A corporação nos apoia, é nossa parceira número um – sem dúvidas –, e isso é um reflexo das políticas do Governo do Distrito Federal (GDF). A gente traz como retorno para a corporação um intercâmbio de conhecimentos, técnicas e protocolos de operação que vão melhorar a forma como a gente atende a sociedade. O CBMDF compreende isso e aposta na gente”, frisa o atleta.
Segundo Bernardo, a motivação para dar conta da rotina pesada é a “vontade de fazer um bom trabalho”, e a atenção ao preparo físico e responsabilidade que o cargo demanda.
“Sabemos que, para desempenhar a função, é preciso estar bem para conseguir sair de uma situação de risco e ainda resgatar vidas. Isso nos motiva a treinar e melhorar sempre”, defende.
Fonte: Agência Brasília