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Casa em São Sebastião acumula 80 toneladas de entulho

Uma ação de prevenção à dengue retirou cerca de 80 toneladas de lixo em apenas uma residência no Setor Tradicional de São Sebastião. Os dejetos estavam na casa de um acumulador que recolhia a sujeira na rua, levava para casa e se negava a se desfazer do lixo. Bacias e outros tipos de plástico, pedaços de telha, pneus usados, garrafas, roupas e sapatos velhos foram recolhidos, material que encheu a carroceria de seis caminhões com capacidade de 12 toneladas cada um.

Um caminhão da administração passa recolhendo os dejetos e levando todo o material para o pátio de obras da administração, onde é feita uma triagem| Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Todas as vezes que os agentes da Vigilância Ambiental passavam para realizar inspeção nos imóveis da região, os vizinhos reclamavam dessa residência, mas ninguém atendia aos chamados dos fiscais. Assim, a Diretoria de Vigilância Ambiental recorreu ao alvará judicial, um documento que permite a entrada no imóvel mesmo sem autorização do ocupante ou proprietário. O acumulador não estava em casa.

120 toneladas de materiais como resto de obras e inservíveis, móveis velhos, eletroeletrônicos estragados, vasos sanitários e lixo orgânico foram recolhidas pelas equipes

“Recebemos denúncia da dona do imóvel, que era alugado. Ela disse que não aguentava mais tanta sujeira, reclamou de escorpião, barata e roedores e contou que há três meses pedia para ele desocupar o imóvel, sem sucesso”, afirma Aline Ruben Cardoso, chefe do Núcleo de Vigilância de São Sebastião. Segundo ela, o acumulador morava na casa alugada há mais de cinco anos, tempo no qual o lixo foi acumulado.

Dengue

Desde segunda-feira (10), a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), em parceria com a Administração Regional de São Sebastião, faz uma grande ação de manejo para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Até o momento, a ação ocorreu no Bairro Centro e cerca de 120 toneladas de materiais como resto de obras e inservíveis, móveis velhos, eletroeletrônicos estragados (geladeira e televisão), vasos sanitários e lixo orgânico foram recolhidas pelas equipes.

Os agentes ambientais passam de porta em porta pedindo que os inservíveis e outros materiais que podem acumular água das chuvas, como pneus, latas e garrafas sejam colocados na porta das casas. Em seguida, um caminhão da administração passa recolhendo os dejetos e levando todo o material para o pátio de obras da administração, onde é feita uma triagem.

“A gente faz o reaproveitamento do material para pavimentar algumas ruas, com trabalho de compactação e de nivelamento, melhorando o tráfego de carros”, diz Douglas Santiago, diretor de Obras da Administração Regional de São Sebastião | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O diretor de Obras da Administração Regional de São Sebastião, Douglas Santiago, explica que os moradores são receptivos e entendem o impacto do manejo, que além de importante para a saúde, também gera benefícios de reciclagem: “A gente faz o reaproveitamento do material para pavimentar algumas ruas, com trabalho de compactação e de nivelamento, melhorando o tráfego de carros”, explicou.

Antonino Dias da Costa, 71 anos, aproveitou a passagem do caminhão da administração em frente à sua casa, na Rua 45 do bairro Centro, para descartar algumas telhas que estavam acumuladas no quintal. “Entregaram até um panfleto aqui explicando, já pedi para eles passarem aqui outra vez que vou entregar mais algumas coisas. Ajuda bastante e protege a gente”, explica o comerciante, que mora há 29 anos em São Sebastião.

Quando os trabalhos forem finalizados no Bairro Centro, o caminhão e a equipe seguirão para o Residencial Oeste, onde atuarão nas quadras 101, 102, 103 e 104 até a próxima segunda-feira (17).

De acordo com o último Boletim Epidemiológico sobre a dengue divulgado pela Secretaria de Saúde (SES), o DF já registra 4.570 casos prováveis de dengue em 2021. São Sebastião aparece na relação como 214 episódios suspeitos da doença até o momento. Apesar dos dados apresentarem uma queda significativa em relação ao ano passado, de mais de 80%, nunca é demais se cuidar e prevenir focos do mosquito Aedes aegypti.

 

Fonte: Agência Brasília

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