A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), por meio da Universidade de Brasília (UNB), desenvolveu o projeto AlfaCrux, um nanossatélite elaborado por pesquisadores e alunos da UNB, que foi lançado ao espaço nesta sexta-feira (1). Foram 2,2 milhões de reais investidos, com objetivo de aperfeiçoar o sistema de telecomunicação e fortalecer a ciência.
Batizado de AlfaCrux, o nanossatélite padrão CubeSat 1U foi lançado pela SpaceX de Cabo Canaveral. A expectativa é que em órbita o equipamento possa demonstrar tecnologias via satélite para aperfeiçoar: sistema de coleta de dados, comunicação tática (defesa nacional) em banda estreita, além de ofertar uma experiência prática para alunos e professores no desenvolvimento e operação de uma missão espacial.
“O projeto tem um grande potencial de impacto social ao demonstrar soluções que podem contribuir para melhorar o monitoramento agrícola e promover comunicação em zona de desastres. O Alfa Crux é muito estratégico, pois permite coletar informações em larga escala sobre nossos ativos naturais, parâmetros climáticos e desta forma apoiar tomadas de decisão no contexto da agricultura de precisão, planejamento social, entre outros benefícios”, afirma o Coordenador do Alfa Crux, Renato Borges.
“Estamos muito satisfeitos em apoiar o projeto Alfa Crux, pois ele envolve alunos, na faixa etária de 20 a 24 anos, o que potencializa esse despertar tão importante para ciência. O nosso objetivo hoje é transformar o Distrito Federal na terra da oportunidade e por isso resolvemos financiar 100% esse projeto” – Marco Antônio Costa Junior, presidente da FAPDF
A estação de comando e controle em solo, desenvolvida no âmbito projeto, é mais uma vantagem, pois viabilizará novos lançamentos sem custos adicionais, além de cooperações em outras missões nacionais e internacionais, garantindo o desenvolvimento científico contínuo. A equipe do Alfa Crux é formada por aproximadamente 30 integrantes, sendo dez professores, dois analistas na área de tecnologia da informação da UnB, dois engenheiros oficiais da defesa, e vinte e quatro estudantes dos diferentes cursos de Engenharia da UnB.
“Estamos muito satisfeitos em apoiar o projeto Alfa Crux, pois ele envolve alunos, na faixa etária de 20 a 24 anos, o que potencializa esse despertar tão importante para ciência. O nosso objetivo hoje é transformar o Distrito Federal na terra da oportunidade e por isso resolvemos financiar 100% esse projeto”, destaca o diretor presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior.
O projeto conta ainda com o apoio da Agência Espacial Brasileira, que teve um papel importante nas tratativas para liberação do equipamento, que chegará a 500 km de altitude em relação à superfície terrestre.
“O Alfa Crux é a demonstração de que os investimentos, sejam públicos ou privados, em setores inovadores de nossas universidades, podem gerar não só conhecimentos, mas também produtos de alto valor agregado com benefícios para a sociedade. O AlfaCrux parte de uma proposta acadêmica que pode, sim, resultar em aplicações concretas em comunicação tática e outros serviços de conectividade em áreas remotas”, afirmou o Presidente da Agencia Espacial Brasileira, Carlos Moura.
A tecnologia – O nanossatélite têm o formato geométrico de um cubo, com aresta de dez centímetros. Sua massa total é em torno de 1,3kg. Na nomenclatura padrão, ele é classificado como um CubeSat 1U, ou seja, uma unidade. O nanossatélite ficará em órbita baixa, espaço onde normalmente são colocados satélites desse porte, a cerca de 500 km de altitude em relação ao nível do mar. A vida útil aproximada do equipamento é de três anos.
Finatec
O projeto espacial tem a gestão da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que oferece sua expertise no gerenciamento dos recursos investidos nessa missão, com toda a parte de compra de equipamentos, busca de menor valor de material.
Um passo a favor da Ciência
A FAPDF lançou 11 editais públicos esse ano, sendo que três deles vão beneficiar alunos de ensino médio. Os editais abertos atendem também pesquisadores graduandos, mestrandos e doutores, criando uma cadeia produtiva com potencial.
As oportunidades injetam inicialmente, no Distrito Federal, pouco mais de 27 milhões de reais. Soma-se ainda, aos investimentos do ano, uma nova chamada pública, vinculada ao IBRAM, que inclui um 1 milhão de reais do orçamento da FAPDF.
A política pública de incentivo à ciência é estabelecida pela legislação, que vincula percentual da receita bruta do Distrito Federal.
*Com informações da FAPDF
Agência Brasília* | Edição: Renata Lu
Fonte: Agência Brasília