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GDF nomeia 800 agentes de saúde para reforçar o combate à dengue

O Governo do Distrito Federal (GDF) nomeou, nesta sexta-feira (29), 400 agentes de vigilância ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes comunitários de saúde (ACSs) para o reforço do combate à dengue e outras arboviroses na capital do país. Com as nomeações, os profissionais já estão aptos a realizar ações de campo como visitas domiciliares e comunitárias, além de atuarem nos serviços de atenção básica.

A cerimônia de assinatura do decreto de nomeação dos 800 novos servidores do GDF foi realizada no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contou com a presença do governador Ibaneis Rocha. Na ocasião, o chefe do Executivo exaltou o trabalho realizado pelos profissionais para manter a população segura.

Ibaneis Rocha: “Nessa profissão vocês vão ter contato direto com as pessoas, vão visitar as casas, as famílias, as empresas, sempre com o coração realmente aberto para cuidar de gente” | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília

“Estamos aqui, na data de hoje, nomeando vocês todos para essa missão, que é uma missão de pátria, uma missão de cuidar das pessoas – a mais importante da vida da gente. Nessa profissão vocês vão ter contato direto com as pessoas, vão visitar as casas, as famílias, as empresas, sempre com o coração realmente aberto para cuidar de gente”, defendeu o gestor.

O governador lembrou que os recém-nomeados se somam aos mais de 7 mil servidores nomeados na Secretaria de Saúde (SES-DF) desde 2019. “A saúde é uma área extremamente difícil, requer muitos investimentos e os recursos são curtos. Por mais que a gente tenha aumentando os investimentos e contratado mais de 7 mil profissionais da área, ainda tem deficiências na nossa cidade que precisam ser vencidas e vão ser vencidas ao longo do tempo. A vantagem é que este governo tem a consciência de que precisamos melhorar e trabalhamos todos os dias para que isso aconteça”.

“A nomeação será um reforço muito importante, principalmente, com o período de chuvas e a intensificação do trabalho de prevenção e combate à dengue”

Celina Leão, vice-governadora

A vice-governadora Celina Leão ressaltou que quem ganha com as nomeações é a população do DF. “Além de mais um compromisso cumprido pelo governador Ibaneis, a nomeação será um reforço muito importante, principalmente, com o período de chuvas e a intensificação do trabalho de prevenção e combate à dengue. Neste GDF, não poupamos esforços para levar constantes melhorias para a saúde da nossa população e contamos com cada um dos novos agentes para nos ajudar a cuidar e proteger a nossa população”, afirmou.

Assistência ampliada

Para tornar realidade a nomeação dos servidores, foi necessária uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e aprovada em 29 de outubro. No início de novembro, o governador sancionou o projeto de lei que permitiu esse reforço nas equipes de saúde. O impacto financeiro estimado até 2026 com as contratações é de mais de R$ 314 milhões.

A secretária Lucilene Florêncio reforça que os novos agentes devem entrar em ação nas regiões com mais demanda de campo, como Oeste, Sudeste e Norte

Segundo a secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, a expectativa é de que os Avas e os ACSs sejam distribuídos nas regiões de atuação conforme a demanda de cada área. “Estamos tendo bastante cuidado, bastante zelo em fazer toda essa distribuição desses agentes para que eles estejam nas regiões de saúde onde havia menos profissionais e, também, onde há uma maior demanda. Hoje, as regiões Oeste, Sudoeste e Norte registram as maiores demandas de campo”, explicou.

A tão esperada nomeação foi muito comemorada pelos novos servidores. Entre eles, Luciano Franklin de Carvalho, 36 anos. “É um grande dia e simboliza a conquista de uma jornada; uma conquista não só para quem passou, mas para a comunidade, que vai ter um serviço de excelência”.

“A vitória é para a comunidade, que vai ter um serviço de excelência”, diz Luciano Franklin, um dos nomeados

A recém-nomeada Welida Borges Maraues, 37, fez questão de levar a mãe Cleonice Borges de Macedo, 72, para a nomeação. “A aprovação e a nomeação são resultados de muita dedicação. Passei um ano estudando dentro de casa, em bibliotecas, fazendo escolhas para poder estar aqui”, disse. “Nunca duvidamos da palavra do governador de que essa nomeação sairia; ele sempre foi um aliado nosso em entender nossa necessidade e a da população”.

Prevenção

Somada às nomeações dos 800 agentes, o GDF, por meio da Secretaria de Saúde do DF, tem intensificado as ações de controle vetorial, com a incorporação de novas tecnologias. No momento, equipes da pasta trabalham na implementação de estações disseminadoras de larvicida (EDLs) em locais de maior risco, bem como ações de borrifação residual intradomiciliar.

O objetivo é maximizar as demais atividades rotineiramente implementadas, como a realização de levantamento de índices de infestação, monitoramento de armadilhas ovitrampas, visitas domiciliares para eliminação de focos de transmissão, orientações à população e tratamento de focos que não sejam passíveis de eliminação. Uma média de 5 mil imóveis é visitada diariamente, além de contar com a atividade de 25 carros fumacê, quando necessário.

Recentemente, a pasta também anunciou a fase final de desenvolvimento do aplicativo e-Visit@ DF Endemias. Com a ferramenta, os Avas poderão reunir informações de maneira ágil sobre a doença. De acordo com a pasta, o teste-piloto será lançado em dezembro, seguido por um treinamento de profissionais da área.

Números

Considerando que as chuvas este ano se iniciaram na semana epidemiológica (SE) 41 (6/10/2024 a 12/10/2024), a SES informou que, entre a SE 44 e 47 de 2024 foram notificados 1.498 casos prováveis de dengue no Distrito Federal, no mesmo período em 2023 foram notificados 2.393 casos prováveis. Ressalta-se, no entanto, que esses dados são parciais e estão sujeitos a modificação, tendo sido atualizados na última segunda-feira (25).

É importante ressaltar que a colaboração da população é imprescindível para o sucesso das estratégias de controle, pois sem o envolvimento ativo dos cidadãos na eliminação de focos, os esforços de controle podem ser insuficientes para interromper a cadeia de transmissão.

Fonte: Agência Brasília

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