Trânsito engarrafado e inseguro; muitos acidentes, alguns fatais. Essas são as principais reclamações de quem passa diariamente pela DF-250. Para resolver a situação, o Governo do Distrito Federal (GDF) deu início às obras para duplicar a rodovia, utilizada diretamente por moradores do Itapoã, Paranoá e também de Planaltina. Uma equipe do Departamento de Estrada de Rodagem (DER) começou a retirar entulho do local e prepara-se para os trabalhos que vão melhorar as condições da movimentada rodovia.
A obra tem uma extensão de aproximadamente 6 km, entre o Núcleo Rural de Sobradinho dos Melos, que fica no Paranoá, e o Balão do Itapoã/Paranoá. Foram investidos R$ 12.200.000 para resolver o problema de uma área pela qual trafegam, em média, 40 mil veículos diariamente.
“É uma obra esperada pela comunidade há tempos, tem um trânsito carregado, vem aumentando muito o fluxo ali. Com essa duplicação, pretendemos solucionar de vez esse problema. Além da duplicação, estamos fazendo outra obra que é a construção do viaduto entre o Itapoã e o Paranoá. Uma obra completa a outra.Permite uma maior fluidez tanto pra quem sai de lá em direção a Brasília quanto para quem sai de Brasília para esses locais no final da tarde”, explica o superintendente de obras do DER, Cristiano Cavalcante.
Administrador do Paranoá, Sérgio Damaceno comemora o início das obras: “Após autorização do nosso governador Ibaneis Rocha, a firma vencedora da licitação chegou esta semana na DF-250. As máquinas começaram a trabalhar e a logística já vem sendo desenvolvida. É um momento muito feliz para as regiões da Itapoã, do Paranoá, Sobradinho, Planaltina. Estou até emocionado, pois nessa rodovia foram muitas vidas perdidas após diversos acidentes. Orgulho-me em fazer parte deste governo, que veio para resolver esse problema também”.
“Essas obras vão mudar a qualidade de vida da região, dando mais segurança e conforto à população”
– Marcus Cotrim, administrador do Itapoã
Administrador do Itapoã, Marcus Cotrim também manifesta satisfação com o trabalho que começa a ser feito: “É uma reivindicação muito antiga tanto da comunidade do Itapoã quanto da do Paranoá. Essa via se tornou perigosa, devido ao crescimento do Itapoã, dos condomínios daqui da região, da zona rural também; então, essa duplicação vem para resolver esse problema de fluidez, de insegurança na rodovia. E não posso deixar de agradecer ao governador, que teve a sensibilidade de ajudar e atender a essa antiga demanda da população, das lideranças da comunidade, e ao DER. Essas obras vão mudar a qualidade de vida da região, dando mais segurança e conforto à população”.
População aprova
Engenheiro responsável pela obra, Edvaldo Ribeiro acompanha de perto toda a “revolução” que será feita na DF-250. “Nessa próxima semana sai a ordem de serviço, mas já começamos a trabalhar por aqui para atender ao cronograma, que é entregar a obra em seis meses, se não houver nenhuma intercorrência. É uma obra que vai beneficiar a população de muitas regiões. Em horário de pico, dá uns 4 km de engarrafamento, cerca de uma hora para atravessar isso. O congestionamento aqui é gigantesco, tenho visto”, comenta o gestor, lembrando que a ciclovia também será ampliada, o que aumentará a segurança da população.
Motorista de aplicativo, Rogério Costa, 34 anos, comenta: “Tem acidente direto aqui. Quando é por volta das 6h30, 7h, demoro 20, 30 minutos pra chegar ao Paranoá, que fica a 2 km daqui. Para piorar, tem a questão da falta de segurança. Por conta do engarrafamento, muita gente acaba tentando fazer caminhos alternativos, irregulares, e aí provoca acidente. Infelizmente já vi muita gente morrendo, indo para o hospital em estado grave”, lamenta. Mas Rogério se anima com a chegada da obra: “Vai melhorar bastante a nossa situação. Nós do Paranoá e do Itapoã pedimos isso há mais de 15 anos. Ainda vai ter o viaduto. Vai melhorar muito para a gente.”
Diariamente a comerciante Maria da Glória, 40 anos, monta seu quiosque entre o comércio e a DF-250. Ela mora há 17 anos no Itapoã e reforça que a duplicação é uma demanda antiga. “Desde quando cheguei, a população sempre pediu essa obra. Serve para salvar vidas e dar mais fluxo ao trânsito do local. Já vi muita coisa ruim por aqui, como mortes, acidentes graves, pessoas presas em ferragens. Quando essa obra ficar pronta, as coisas vão melhorar”. Ela destaca outro motivo para comemorar: “Ainda acho que pode melhorar para mim nas vendas: pessoas mais tranquilas, passando com mais calma, podem se tornar clientes”.
Petronilo Oliveira, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno
Fonte: Agência Brasília