A estimativa do Governo do Distrito Federal (GDF) é de que 1,5 milhão de foliões saiam às ruas para aproveitar o primeiro Carnaval da cidade após o período de isolamento social e das medidas de combate à covid-19. Para incentivar a retomada, o governo investiu aproximadamente R$ 12 milhões na festa.
O sentimento em torno da volta da folia momesca é de otimismo, tanto do poder público quanto do setor varejista. Segundo a Pesquisa Sobre a Expectativa da População e do Comércio Varejista do Distrito Federal, encomendada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), os segmentos aguardam um crescimento de 23% no consumo de produtos e serviços que englobam hospedagens, viagens, eventos, bares, restaurantes, vestuário e ambulantes.
“Se eu coloco um recurso, tenho um retorno sobre ele. No edital do FAC, os megablocos, que arrastam acima de 50 mil foliões, receberam R$ 250 mil. Se, em média, cada pessoa gastar R$ 40, serão gerados R$ 2 milhões aos cofres públicos. Sem levar em consideração os gastos indiretos, como transporte e adereços. A partir daí, já dá para entender a força dessa cadeia”
Carlos Albereto Junior, secretário executivo da Secec
“A expectativa é grande. O governo está investindo de 70% a 80% dos recursos nos blocos, um investimento direto. Do ponto de vista da economia criativa, o Carnaval é um investimento. Em grandes capitais, como Salvador e Rio de Janeiro, movimenta bilhões. Brasília está engatinhando, mas estamos organizando toda a cadeia para que, de fato, isso aconteça”, afirma o secretário-executivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Carlos Alberto Junior.
O presidente da Fecomércio, José Aparecido da Costa Freire, confirma que o setor está com uma perspectiva muito boa. “Há uma expectativa de crescimento no consumo, isso nos deixa muito felizes em termos de comércio. Todos os 53 setores que a folia movimenta estão otimistas em relação ao Carnaval. Com os números que obtivemos na pesquisa, acreditamos que teremos um Carnaval muito bom para o setor produtivo”, analisa.
Só a Secretaria de Cultura investiu R$ 5 milhões do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para os blocos carnavalescos. Os grupos também receberam R$ 2,8 milhões de emendas parlamentares. O restante dos recursos do governo são para infraestrutura, segurança, campanha e publicidade.
“Se eu coloco um recurso, tenho um retorno sobre ele. No edital do FAC, os megablocos, que arrastam acima de 50 mil foliões, receberam R$ 250 mil. Se, em média, cada pessoa gastar R$ 40, serão gerados R$ 2 milhões aos cofres públicos. Sem levar em consideração os gastos indiretos, como transporte e adereços. A partir daí, já dá para entender a força dessa cadeia”, analisa o secretário-executivo.
Estudo sobre a folia
Considerado Carnaval destaque da região Centro-Oeste, a folia candanga pretende galgar ainda mais público nos próximos anos. O governo quer que a festa possa chegar ao patamar do festejo de Belo Horizonte e de outras cidades mineiras. Para isso, vai buscar subsídios que expliquem a vocação do Carnaval de Brasília.
“O IPEDF (Instituto de Pesquisa e Estatística do DF) vai estar nas ruas fazendo um levantamento para termos dados fidedignos para que a gestão pública enxergue o poder dessa cadeia e que possamos sensibilizar os parlamentares. Com esse valor mensurado, podemos projetar o investimento nos próximos anos”, revela Carlos Alberto Junior.
O Instituto de Pesquisa e Estatística inicia na segunda-feira (27) o levantamento para saber a opinião dos moradores do Distrito Federal sobre o Carnaval de rua de 2023. Será realizada pela Central 156 para identificar as percepções dos foliões e não foliões sobre a atuação dos serviços públicos no período, como limpeza e segurança, e estimar o movimento econômico. A pesquisa termina em até 45 dias.
O estudo será feito em parceria com as secretarias de Cultura e Economia Criativa, de Governo e de Planejamento, Orçamento e Administração.
Fonte: Agência Brasília