Publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta sexta-feira (29) o aviso da licitação para a contratação de empresa que vai realizar a coleta de campo do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua no DF, o Censo PopRua, como ficou conhecido. A abertura das propostas será no próximo de dia 13 de dezembro. Uma etapa importante para viabilizar a atualização dos dados desse importante levantamento.
O Distrito Federal é pioneiro na realização de um levantamento sobre a população em situação de rua. O Decreto nº 45.474, publicado no DODF de 7 de fevereiro de 2024, instituiu a realização periódica da pesquisa que deverá ser feita, por meio de questionário censitário, contar essa população e coletar informações úteis para subsidiar a elaboração e a implementação de políticas públicas eficazes.
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) trabalha nessa pauta em parceria com as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) e de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). “Essa é uma pesquisa que mostra o olhar atento do governo para um assunto tão sensível”, afirma o presidente do IPEDF, Manoel Clementino.
“O pioneirismo do DF em encampar o decreto faz com que o governo tenha a real dimensão sobre quantas pessoas estão em situação de rua no momento da realização da pesquisa, fato que é mais difícil de se obter se focarmos apenas em dados administrativos, como os oriundos do CadÚnico”, complementa a diretora de Estudos e Políticas Sociais do Instituto, Marcela Machado.
A Sedes, segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, utiliza como base os dados da pesquisa do IPEDF para implementar políticas públicas voltadas à população em situação de rua. “Esse levantamento é fundamental para termos um retrato da realidade do DF e podermos executar ações adequadas e, de fato, efetivas para atender esse público em extrema vulnerabilidade e que tem demandas muito diversas”, reforça Ana Paula Marra.
A secretária de Justiça e Cidadania (Sejus), Marcela Passamani, considera que é de extrema importância o fortalecimento das políticas, ações e projetos direcionados à população em situação de rua no Distrito Federal. “A realização periódica da pesquisa é de grande valia para as decisões a serem tomadas para a referida população. A Sejus reforça o compromisso, enquanto Estado, nas pautas de proteção, respeito e valorização da vida”, diz Passamani.
Os pesquisadores terão acesso aos espaços de acolhimento das comunidades terapêuticas conveniadas e devem atuar principalmente nos pontos de maior concentração da população em situação de rua.
*Com informações do IPEDF
Fonte: Agência Brasília