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Mais de 3 mil pessoas vão à Praça do Cruzeiro para acompanhar eclipse solar

Nem os 30 ºC de Brasília na tarde deste sábado (14) espantaram os brasilienses da Praça do Cruzeiro, no Eixo Monumental. Abrigados embaixo dos guarda-sóis e das sombras das árvores, mais de três mil pessoas observavam o eclipse solar, que teve o seu ápice às 16h45, momento em que a Lua se alinhou entre o Sol e a Terra.

O Planetário de Brasília, equipamento público vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Secti-DF), em parceria com o Clube de Astronomia de Brasília, distribuiu gratuitamente 800 óculos com filtro solar, e alguns telescópios foram espalhados pela praça para que os presentes pudessem apreciar o fenômeno com segurança para a saúde dos olhos.

O morador de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, Izaias Sousa, chegou cedo com a família e aguardava com grande expectativa o momento do eclipse. “Eu sempre fui fã de astronomia e vim em busca dos óculos, pois nas lojas os com filtro fator 14, que eram os recomendados, estavam esgotados. Saí cedo de casa com meu pai, mãe e dois irmãos para acompanharmos o fenômeno aqui na praça. Hoje, é uma honra estar aqui, quero parabenizar o GDF pela iniciativa de distribuir o equipamento e nos proporcionar esse momento único”, disse o auxiliar administrativo.

Aqueles que chegaram cedo conseguiram pegar os óculos com filtro solar para a observação e ficaram protegidos adequadamente durante todo o evento | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Um pouco mais à frente, com sua cadeira de praia e um enorme telescópio, o desenhista industrial André Ghiorzi, apaixonado por astronomia, tinha uma fila de curiosos atrás dele, e com paciência permitia que as pessoas olhassem pelo seu equipamento. “O importante aqui é atrair o público para se interessar pela astronomia e pela ciência. Este é um fenômeno que acontece agora, e só veremos novamente daqui a muitos anos. Quando cheguei e vi essa multidão, fiquei muito feliz; foi um sucesso e eu não esperava que tantas pessoas viessem”, destacou.

O despertar para a ciência foi justamente o objetivo da observação do eclipse solar, destacado pelo secretário da Secti, Gustavo Amaral. “É permitir a popularização da ciência para toda a família de Brasília, trazendo pais, mães e crianças para que elas conheçam o evento e sintam uma maior curiosidade em relação ao Planetário de Brasília e a todas as atividades desenvolvidas pela secretaria. O evento superou todas as minhas expectativas; os óculos esgotaram rapidamente e as pessoas já estão se revezando para que todos possam assistir”, afirmou Amaral.

Cuidados na observação

Aqueles que chegaram cedo conseguiram pegar os óculos com filtro solar para a observação e ficaram protegidos adequadamente durante todo o evento. Todo o material disponibilizado pelo GDF e pelo Clube de Astronomia foi pensado para evitar danos à visão, já que olhar diretamente para o sol oferece sérios riscos para os olhos.

De acordo com estudiosos, o próximo eclipse anular que poderá ser visto no Brasil ocorrerá em 6 de fevereiro de 2027

“A observação solar, de maneira geral, envolve algum risco, pois o sol é muito nocivo. Não se pode olhar diretamente para ele. Os filtros que diminuem a intensidade da luz solar e bloqueiam parte da radiação violeta, como os materiais que temos aqui, os óculos, os telescópios com filtros apropriados e as câmeras, também são alguns dos equipamentos especiais”, afirmou Mateus Félix, presidente do Clube de Astronomia de Brasília.

Quase no final do eclipse solar, a fisioterapeuta Emanuelle Lopes estava maravilhada com o momento. “As imagens vistas através dos óculos foram muito bonitas. Gosto muito do assunto, e sempre que há esses fenômenos, gosto de observar, ainda mais com um céu maravilhoso como o de Brasília. É um privilégio ter estado aqui”, concluiu.

Próximos eclipses

De acordo com estudiosos, o próximo eclipse anular que poderá ser visto no Brasil ocorrerá em 6 de fevereiro de 2027. No entanto, apenas no Chuí, no extremo sul do país, será possível visualizar o fenômeno.

Fonte: Agência Brasília

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