A visita aos moradores do Distrito Federal e do Entorno é a etapa mais importante da realização da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A). É durante o ato que os entrevistadores conseguem captar os dados a serem usados para mapear o perfil da população, informação a ser usada pelo GDF para o desenvolvimento de políticas públicas e aplicação de recursos em investimentos de forma efetiva.
“A população vive hoje bombardeada por um cenário complicado do ponto de vista de fraudes. Então, existe uma desconfiança natural do cidadão em relação a todas as pessoas que batem à sua porta”, afirma o diretor-presidente do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), Manoel Clementino Barros.
Para garantir que os moradores possam confiar na realização do estudo, o instituto buscou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) para que os órgãos possam trabalhar em conjunto, dando tranquilidade aos moradores. Em reunião realizada nesta terça-feira (17), ficou acertado que as forças de segurança terão acesso ao formato do crachá e do colete dos agentes, bem como a lista dos entrevistadores, que também pode ser consultada pela população pelo site Valida Pesquisador.
“A ideia é que, com o apoio da Secretaria de Segurança e os órgãos e comitês ligados à pasta, possamos conseguir alertar a população no sentido que é seguro receber nossos pesquisadores e responder a pesquisa, que vai contribuir para a própria qualidade de vida da população. Não dá para pensar num trabalho desse tamanho sem uma parceria com as forças de segurança”, defende.
A segurança dos agentes de coleta também é uma preocupação do IPEDF. Em edições anteriores, foram registrados casos de entrevistadores que foram conduzidos a delegacias por terem sido confundidos com golpistas. “Essa parceria também é para dar apoio ao agente para que ele possa desenvolver o seu trabalho sem passar por situações constrangedoras ou de violência. Queremos nos precaver e tomar medidas que garantam essa proteção”, defende Barros.
O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, afirma que a Pdad será realizada com o suporte das forças, conforme solicitado pelo instituto. “Na perspectiva operacional, nós, da Segurança Pública, estaremos atuando em conjunto ao IPEDF para que a Pdad aconteça da melhor forma possível, sem intercorrências”, diz.
Ele aproveitou para destacar a importância da pesquisa para a pasta. “A pesquisa desempenha um papel fundamental na elaboração de políticas públicas de segurança pública, uma vez que fornece a base sólida e informações fundamentais necessárias para a tomada de decisões e para o ajuste de ações e programas em andamento”, avalia.
A coleta dos dados tem início em 1º de novembro e tem previsão de quatro meses de duração. Durante o período, a meta é visitar 25 mil domicílios das 35 regiões administrativas do DF e de 12 municípios de Goiás que integram a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal (Ride).
Como funciona a validação do pesquisador
Já disponível para consulta, o Valida Pesquisador é uma página na internet para checagem da veracidade das informações do entrevistador. Essa é a primeira vez que a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada conta com o mecanismo de segurança.
Pelo site, a confirmação é feita pela inclusão do número da matrícula do agente. Assim, o cidadão pode conferir nome, empresa e pesquisa para a qual o profissional está associado. A validação também pode ser feita pelo QR Code disponível no crachá dos pesquisadores, que direciona o usuário para a tela com os dados.
Quando não aparecem informações do agente de coleta durante a consulta, quer dizer que aquela pessoa não é validada pelo instituto para a realização da Pdad-A 2023. Ou seja, o cidadão não deve prosseguir com o atendimento.
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Fonte: Agência Brasília