Para marcar o Dia Mundial do Sono, lembrado nesta sexta-feira (15), o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em parceria com a Associação Brasileira do Sono (ABS), reuniu especialistas para discutir o tema Sono para todos: dormir faz bem.
Profissionais alertaram sobre a importância de perceber sinais que atrapalham o corpo a descansar, como problemas respiratórios. “É fundamental que as pessoas reflitam sobre a qualidade do sono, reconhecendo os sinais de uma noite mal dormida, como a falta de sono reparador, a sensação de cansaço ao acordar e a percepção de baixo desempenho nas atividades”, explica o presidente da regional Distrito Federal da ABS, Paulo Marsiglio Neto.
Os participantes receberam material informativo e presenciaram minipalestras, nas quais psiquiatras, neurologistas, fisioterapeutas, psicólogos, dentistas, entre outros, abordaram assuntos relacionados aos distúrbios respiratórios do sono, como a insônia e a apneia obstrutiva.
“Abordar essas questões tão comuns na sociedade atual e disseminar informações não apenas promove qualidade de vida, mas também previne riscos de doenças associadas aos distúrbios não tratados, como problemas cardiovasculares e derrames”, afirma o especialista em sono, Anderson Albuquerque.
A aposentada Matilde da Silva, 66 anos, sofre de insônia e aproveitou o evento gratuito e aberto à população para buscar orientações. “Não dormir me causa muita dor de cabeça, minha pressão sobe, fico irritada e indisposta ao longo de todo o dia. Preciso desse conhecimento para ter uma boa qualidade de vida”, reconhece.
Paciente do ambulatório do sono do Hran, a autônoma Angelina Aparecida Santos, 57, lida com a apneia, um distúrbio que afeta a respiração, fazendo com que a pessoa pare de respirar uma ou mais vezes ao longo de uma única noite de sono. “As informações adequadas nos auxiliam a tratar de maneira eficiente a saúde do nosso sono”, avalia.
Assistência especializada
O Hran é referência no DF e tem um ambulatório dedicado a tratar distúrbios do sono. A polissonografia é o principal exame realizado. Com estrutura ampliada em 2023, o local tem cinco quartos com cortinas blackout e isolamento acústico para garantir o conforto dos pacientes durante o exame.
Ao ano, são realizadas, em média, 600 polissonografias. O procedimento consiste na aplicação de um conjunto de eletrodos e sensores no corpo do paciente para monitorá-lo enquanto dorme. Os dispositivos registram várias respostas do organismo, como a atividade cerebral, os movimentos oculares e a atividade elétrica de nervos e músculos.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília