Teve início, na manhã desta segunda-feira (23), mais uma etapa da obra do Túnel de Taguatinga. Trata-se da colocação das primeiras placas cimentícias nas paredes laterais das passagens subterrâneas Norte e Sul. Além de esteticamente mais atraente, o moderno de revestimento promete melhorar a acústica do trajeto de pouco mais de 1 km e propiciar melhor ventilação.
“É um material que resiste às intempéries do tempo, recebendo bem tanto calor quanto chuva, além de ser ignífugo, ou seja, não pegar fogo”, explica Carlos Bukowski, engenheiro civil e um dos sócios da NTC Construções, empresa responsável pelo serviço.
Ao todo, serão aproximadamente 20 mil metros quadrados de revestimento dos dois lados das galerias, com uma média de 4 mil metros quadrados assentados por mês. O que, na ponta do lápis, corresponde a cerca de 7 mil peças utilizadas. “Essa é uma estimativa que vai depender da evolução da obra”, avalia o engenheiro civil da NTC. “Mas podemos aumentar a produção com mais pessoal”, prevê o especialista.
Atualmente, uma dezena de operários trabalham nesta fase dos serviços, que conta com a ajuda de uma plataforma articulada, espécie de miniguindaste que tem capacidade para receber três operários que fazem um trabalho minucioso de assentamento do material. A previsão é que 500 mil parafusos sejam usados para pregar todo esse material ao longo das quatro paredes dos dois túneis.
Até o momento, já chegaram ao canteiro de obras cerca de 7 mil metros quadrados de placas vindas diretamente da cidade paulista de Capivari. Uma nova remessa do produto deve chegar ao local ao longo desta semana. O material desembarca em Taguatinga em pesados caminhões bitrens. Cada peça tem a metragem de 1,2 m por 2,4 m e é fixada mecanicamente com parafusos. É um trabalho de detalhes para uma obra gigantesca.
“Sem dúvida, é mais um avanço importante dessa grande obra que é a construção do Túnel de Taguatinga; já temos o modelo da paginação que será usado no local”, comenta o engenheiro civil da Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF, Antônio Carlos Ribeiro Silva. “A cada etapa vai surgindo uma alteração que contribui para a evolução da obra”, emenda.
Fonte: Agência Brasília