No intuito de conter o descarte inadequado de resíduos, equipes do Polo Oeste do GDF Presente trabalham na construção de valas na QSD 30, em Taguatinga Sul. O objetivo é impedir o acesso indiscriminado da população que insiste na prática irregular, além de mitigar os impactos ambientais.
A área é utilizada, de maneira clandestina, por moradores da cidade e de regiões próximas para despejo de lixo. Para evitar o acúmulo de resíduos, o local tem atenção recorrente das equipes do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). “É um local que, infelizmente, recebe descarte diário de lixo; por este motivo, estamos construindo uma vala que vai impedir o acesso à área e solucionar esse problema”, explica o coordenador do Polo Oeste do GDF Presente, Elton Walcácer.
Comunidade pediu
A construção da vala atende a um pedido feito pela própria comunidade, incomodada com a prática irregular. “Foi uma iniciativa solicitada pela ouvidoria e repassada à Administração Regional de Taguatinga, que nos procurou; e, juntamente à SLU, buscamos essa solução”, detalha o gestor.
Essa é apenas uma das ações adotadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para eliminar os maiores pontos de descarte irregular na capital. Outra iniciativa é o projeto De Cara Nova, que, elaborado pelo SLU, busca eliminar entulho e resíduos espalhados pela cidade.
Nos locais contemplados, além da remoção dos resíduos, as equipes da SLU trabalham na restauração do espaço, com plantio de mudas e sinalizações educativas por meio de placas, orientando sobre as penalidades e o local correto para o descarte.
Impacto aos cofres públicos
R$ 42,5 milhõesTotal gasto entre 2021 e 2022 pelo GDF para combater o descarte irregular de lixo e entulho
Além de extremamente prejudicial ao meio ambiente, a prática de descarte irregular de lixo e entulho também gera impactos negativos aos cofres públicos do DF. O recolhimento desses resíduos é um dos serviços mais onerosos para o SLU.
O órgão calcula que, entre 2021 e 2022, as despesas com ações para contornar o descarte irregular subiram de R$ 28,2 milhões para R$ 42,5 milhões anuais. A alta dos gastos foi puxada pela majoração dos custos de combustíveis, ajustes das horas de utilização de equipamentos e fatores inflacionários que impactam mão de obra e insumos.
O aumento se deu em todas as regiões administrativas. O maior percentual de descarte irregular, contudo, ocorre em áreas de preservação ambiental (APAs), que representam cerca de 65% da região do DF.
(Com Informações da Agencia Brasilia)