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Tecnologia contribui para obras públicas mais sustentáveis e econômicas

Ainda em fase de testes, a ferramenta digital funciona como um banco de solos virtual, onde é permitido solicitar ou doar três tipos de solo: argiloso/arenoso, argila mole e argila siltosa  | Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília

Com o intuito de otimizar ainda mais a sustentabilidade ambiental e a eficiência orçamentária das obras públicas, o Governo do Distrito Federal (GDF) desenvolveu, por meio da Secretaria de Obras, uma ferramenta digital inovadora destinada a facilitar a reutilização do solo escavado no DF.

Trata-se do Sistema de Doação de Solo de Escavação (SDSE), ferramenta desenvolvida para oferecer novo rumo para um componente específico dos resíduos da construção civil, chamado solo puro.

“Quando a terra é escavada em função de alguma obra, sempre nos deparamos com um volume substancial de solo ‘puro’, aquele que não está misturado com restos de demolição ou camada superficial. Este solo é essencial para a realização de diversos serviços em obras, mas deve ser reutilizado rapidamente”, explica Luciano Carvalho, secretário de obras.

A ideia é que o SDSE seja um intermediador para doação e aquisição deste insumo. “Ou seja, uma iniciativa ambientalmente correta e de gestão eficiente, uma vez que o reaproveitamento pode também reduzir o orçamento inicialmente previsto para determinado serviço de infraestrutura”, esclarece o engenheiro Aldo Fernandes, subsecretário de acompanhamento ambiental e políticas de saneamento do DF.

Ainda em fase de testes, a ferramenta digital funciona como um banco de solos virtual, onde é permitido solicitar ou doar três tipos de solo: argiloso/arenoso, argila mole e argila siltosa. Além da Secretaria de Obras, o sistema está sendo utilizado por outros seis órgãos do governo local: Novacap, Caesb, Terracap, DER, Codhab e SLU. Futuramente, o sistema será compartilhado com as administrações regionais.

O chamado solo puro pode ser utilizado em pavimentação, assentamento de redes de drenagem, camadas de aterro sanitário, entre outros. “Caso o solo não seja reutilizado em tempo hábil, uma vez que não pode ficar exposto por muito tempo, será destinado para a Unidade de Recebimento de Entulho (URE), gerenciada pelo Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e instalada no antigo lixão da Estrutural”, detalha Gabriel Fonte, engenheiro da secretaria de obras.

Como funciona?

Durante a fase de projetos e orçamento, é identificada a volumetria de solo puro que será disponível quando da execução de determinada obra. Tal identificação é feita através de laudos de técnicos especializados. Assim que o serviço de escavação é iniciado, o sistema disponibiliza a volumetria e os interessados se manifestam quanto à quantidade desejada. O transporte do insumo fica a cargo das empresas contratadas.   

* Com informações da Secretaria de Obras

Fonte: Agência Brasília

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