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Distrito Federal
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Uma cidade repleta de roteiros em meio à natureza

“Depois de conhecer o Lago, o turista costuma ser levado, primeiramente, para a Ermida Dom Bosco, que em 2019 se tornou um monumento natural de Brasília e é um ponto turístico muito belo. A partir daí, surge o interesse pelas unidades de conservação”
Rejane Pieratti, superintendente de Gestão de Unidades de Conversação do Brasília Ambiental

Além dos painéis, prédios e conjuntos cívicos, da beleza concreta de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, que caíram na graça das fotografias de moradores e visitantes, Brasília também proporciona belas imagens em meio à natureza, predominantemente com o bioma cerrado. A capital federal acumula 19 parques urbanos, entre eles o maior da América Latina, o Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, e 86 unidades de conservação, destinados exclusivamente à preservação da fauna e flora naturais do quadrilátero.

De acordo com a superintendente de Gestão de Unidades de Conservação do Brasília Ambiental, Rejane Pieratti, quem vem ao Distrito Federal não imagina o potencial ecológico da cidade, mas é convidado a desbravar o planalto central. Naturalmente, começa pelo Lago Paranoá, espelho d’água de 48 km² e um dos cinco melhores destinos das águas do país, segundo o Ministério do Turismo, e é impelido a partir para o restante do cerrado. “Depois de conhecer o Lago, o turista costuma ser levado, primeiramente, para a Ermida Dom Bosco, que em 2019 se tornou um monumento natural de Brasília e é um ponto turístico muito belo. A partir daí, surge o interesse pelas unidades de conservação”, disserta Rejane.

O parque Asa Delta, na SHIS QL 14 do Lago Sul, permite fácil acesso à margem do lago e tem um morro artificial para a prática de voo livre | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Próximo ao Lago, estão os parques ecológicos Península Sul, na SHIS QL 12 do Lago Sul, e o Anfiteatro Natural do Lago Sul, na SHIS QL 14. A unidade do anfiteatro, mais conhecida como parque Asa Delta, permite fácil acesso à margem do lago e possui um morro artificial construído na década de 1980 para a prática do voo-livre, esporte com tradição na capital, e para fotografias de tirar o fôlego. Já a Península Sul agracia os visitantes com uma trilha que margeia a unidade, além de vários píeres no lago artificial brasiliense.

Há também o Parque Distrital das Copaíbas, no Lago Sul, que conta com uma trilha sinalizada de 4,2 km, em que o caminhante pode encontrar espécies nativas do cerrado, campo e mata de galeria, além de poços, nascentes e uma pequena cachoeira. “É maravilhoso porque tem uma mancha de cerrado enorme; então, se o turista quiser conhecer o que é de fato o bioma, mas não consegue ir para longe, o Copaíbas é perfeito para isso, no meio da cidade”, afirma Rejane.

O Parque Distrital das Copaíbas, no Lago Sul, possui uma trilha sinalizada de 4,2 km: turista tem acesso a poços, nascentes e uma pequena cachoeira | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental

Diante da variedade de opções para passear, descansar e aclamar a natureza do cerrado, o movimento de visitantes, turistas ou moradores do DF nas unidades de conservação aumentou nos últimos três anos. Para a superintendente do Brasília Ambiental, com o isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus, as pessoas passaram a valorizar, ainda mais, passeios ao ar livre. As unidades estiveram fechadas por cerca de três meses em 2020, com reabertura em novembro do mesmo ano.

Mas, diante de tanta variedade de fauna e flora, um alerta: ao visitar as unidades de preservação, é preciso cuidado redobrado com lixos e depredação do espaço, para evitar prejuízos à natureza. “Antes de serem parques, são unidades de conservação, áreas protegidas. Por isso, temos que respeitar a flora e a fauna locais, não retirar nenhuma espécie, não deixar nenhum lixo, não causar impactos de som. Pode fazer foto e ter turista? Pode e deve! Mas temos que lembrar que são pontos ambientalmente protegidos”, enfatiza Rejane.

Thiago Luz leva os turistas por trajetos de 11 e 20 km no Park Way contando histórias que incluem JK e Tom Jobim | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Cachoeiras

Já para quem deseja conhecer a história e a natureza de Brasília em um único passeio, a melhor opção são as trilhas do Park Way, região administrativa a 14 km do Plano Piloto.

O circuito foi criado pelo empresário Thiago Luz, 40 anos, em 2020, durante a pandemia de covid-19. Com o isolamento social e a monotonia nas opções de lazer, ele mapeou trajetos de 11 e 20 km de extensão, que passam por pontos históricos de Brasília. “Nas trilhas, vou contando histórias que marcaram o Park Way, de Juscelino [Kubitschek], algumas de Tom Jobim, e conto sobre a linha do trem. Não é só uma trilha em que a gente sai andando pelo mapa, é uma imersão completa no passado da cidade”, avalia.

O circuito começa próximo ao Brasília Country Club (BBC), ponto de lazer que era frequentado pelo presidente JK e que marcou a construção da capital da República desde a inauguração. Em seguida, os caminhantes passam pelo trilho de trem de carga que percorre a região e pela fazenda Ribeirão do Gama. Adiante, os caminhantes encontram um córrego que nasce próximo ao Catetinho e deu origem à canção Água de beber, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Por fim, o circuito leva a uma floresta, de mata de galeria, e retorna ao ponto inicial. A trilha interpretativa é indicada para todas as idades e pode ser considerada de dificuldade leve a moderada.

“É um caminho sem volta. Quando as pessoas conhecem Brasília, se apaixonam. O interesse por experiências na cidade cresceu muito porque o lazer está aqui; podemos viajar por Brasília e, em todas as vezes, nos deparar com alguma novidade”, lembra Thiago. Atualmente, o guia turístico cobra R$ 300 por grupo de até oito pessoas e R$ 40 por excedente em grupos maiores.

Outra alternativa para se refrescar em águas brasilienses, sem necessidade de guia turístico, é o Parque Distrital Salto do Tororó, em Santa Maria, a 30 km do Plano Piloto, entre as rodovias DF-001 e DF-140, próximo aos condomínios da Grande Região do Tororó. O parque foi o primeiro instalado na região, em 2005, por meio do Decreto nº 25.927, e o primeiro a receber proteção integral, de acordo com o Decreto nº 36.472 de abril de 2015.

Com mais de 60 hectares, fica em uma área com perímetro de 9,4 km, repleto do bioma do cerrado, e atrai praticantes de ecoturismo que buscam caminhadas, trilhas de média dificuldade e rapel e um mergulho na queda d’água do parque, que leva o mesmo nome. Para chegar ao oásis brasiliense, é preciso percorrer 2 km de trilha, durante cerca de 30 minutos.

Há também a Cachoeira do Urubu, ideal para se divertir sem sair do quadradinho. O local, de acesso gratuito, fica a 14 km do Plano Piloto, na Comunidade Córrego do Urubu, no Lago Norte. Para chegar até a cachoeira, é preciso percorrer uma trilha de cerca de 15 minutos, cujo trajeto está disponível no Waze e no Google Mapas.

Ideal para todas as idades, a Cachoeira do Urubu oferece um pedaço raso, ideal para crianças e idosos, e uma parte mais funda para quem gosta de passeios radicais. Além disso, o rio cheio de curvas tem prainhas de areia fina para as crianças constituírem castelinhos, além de árvores para curtir a sombra. No entanto, vale o alerta para a segurança: o local é ermo e, embora de fácil acesso, o socorro a acidentes pode demorar a chegar.

Próximos passos

Ainda neste ano, será lançada a Rota das Unidades de Conservação, mostrando ao público o paraíso do cerrado escondido em solos brasilienses. A Coleção Rotas Brasília, com uma série de miniguias organizados por segmento, está disponível para download no site da Secretaria de Turismo.

CAPA

Fonte: Agência Brasília

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