Nesta semana, a Vigilância Sanitária, órgão vinculado à Secretaria de Saúde (SES-DF), dá continuidade à Operação Semana Santa, ação que pretende vistoriar mais de 900 estabelecimentos que comercializam pescados. Por dia, 20 equipes de auditores visitam os locais que estão classificados como comércio atacadista ou peixarias na Junta Comercial do Distrito Federal.
O coordenador da Operação Semana Santa da SES-DF, Allex de Melo Moraes, explica que a ação se alinha ao aumento do consumo de frutos do mar durante o feriado de Páscoa, expondo os consumidores a maiores riscos de contaminações físicas, químicas ou biológicas.
O objetivo da operação Semana Santa é que os pescados cheguem à população com qualidade e segurança | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF
“Vamos assegurar que 100% dos fornecedores oficiais e regulares de pescados passem pelo crivo da Vigilância Sanitária. O objetivo é garantir que esses produtos cheguem à população com maior qualidade e segurança”, reforça Moraes.
No cronograma, a peixaria da Maria do Socorro Rodrigues, 49 anos, foi fiscalizada nesta segunda-feira (7). Para a proprietária do estabelecimento localizado na Asa Norte, a ação ajuda a reconhecer o que precisa ser ajustado, oferecendo um produto melhor para o cliente.
“Com as vistorias, aprendemos a fazer o que é indicado. É como se fosse uma espécie de blitz: a gente fica um pouco assustado, mas, no final, dá tudo certo”
Maria do Socorro Rodrigues, comerciante
“Com as vistorias, aprendemos a fazer o que é indicado. É como se fosse uma espécie de blitz: a gente fica um pouco assustado, mas, no final, dá tudo certo. Só tenho que agradecer por todo o aprendizado”, declara a comerciante.
Ao todo, serão 910 estabelecimentos vistoriados até o feriado da Semana Santa. Além das visitas aos locais, núcleos de inspeção vão supervisionar outros possíveis pontos de comercialização de pescados, como peixes, camarões, lagostas, lagostins, lulas e polvos.
Armazenamento e condições
A ação acompanha o produto em cada detalhe: origem, recebimento, acondicionamento nas câmaras frias, condições dos pescados frescos, congelados ou resfriados, secos ou salgados. “Para cada um, temos requisitos específicos de armazenamento e verificamos cada passo”, explica Moraes.
Além dos elementos de segurança – manipulação e armazenamento dos alimentos -, os auditores observam ainda os aspectos sensoriais como olho, consistência da guelra e da própria carne.
Em peixes, os olhos devem ser brilhantes e salientes; com brânquias entre a cor de rosa e o vermelho intenso; músculos fortemente aderidos aos ossos e de elasticidade marcante; e odores, sabores e cores de acordo com a espécie. Não pode: manchas, coloração distinta, sabores ou odores indesejáveis, carne excessivamente mole ou dura demais podem indicar sinais de decomposição ou rancificação.

Brânquias entre a cor de rosa e o vermelho intenso são um bom sinal em peixes
Camarões devem apresentar aspecto geral brilhante e úmido; corpo em curvatura natural, rígida; carapaça bem aderente ao corpo; com coloração própria da espécie; olhos vivos e proeminentes. Não pode: apresentar pigmentação; odor amoniacal, sulfídrico, ranço; e sabor desagradável;
Em cefalópodes, como lulas e polvos: pele lisa e úmida; olhos vivos, proeminentes nas órbitas; carne firme e elástica; odor próprio e característico da espécie; aspecto geral brilhante e úmido. Não pode: qualquer pigmentação estranha; sabor desagradável.
*Com informações da Secretaria de Saúde
Fonte: Agência Brasília