O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), divulgou uma nota de recomendação para os gestores municipais no período de Carnaval. O documento apresenta uma série de orientações para reduzir o aumento de casos de Covid-19 no território goiano, especialmente devido à circulação da variante Ômicron, que possui maior potencial de transmissibilidade. O cenário exige vacinação e adesão às medidas de biossegurança.
“O momento é de responsabilidade, por parte dos gestores, na tomada de decisão frente às ações de prevenção e controle nesta fase da pandemia”, diz a nota. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, ainda é preciso ter cautela. “No cenário epidemiológico atual ainda existe um potencial de transmissão considerável, assim a principal recomendação é não realizar eventos sem controle de público”, explica a gestora.
Flúvia ressalta que devem ser exigidos o comprovante de vacinação completo e o teste negativo para Covid-19, realizado nas últimas 24 horas antes do evento. Ela também alerta que há preocupação de aumento do número de internações e óbitos após o feriado. “Com a transmissão da doença sendo acelerada, a possibilidade de hospitalização aumenta e por isso essas medidas de contenção são fundamentais”, argumenta.
Orientações
No total, a nota apontou oito recomendações. Entre elas estão a realização das festividades apenas em locais amplos, com ventilação natural, ambientes ao ar livre, sendo obrigatório o uso de máscara de proteção facial (cobrir boca e nariz) durante todo o evento. Quem teve contato com pessoas com teste positivo para Covid-19, que apresentem sintomas da doença ou tenham exame comprovando a doença não devem participar, permanecendo isolado em casa.
Segundo a nota, as medidas preventivas devem ser redobradas durante as viagens, sendo mantidas em tempo integral, reforçando o uso de máscara e a higienização das mãos, principalmente nos momentos em que se fizer necessária (tocar inadvertidamente na máscara, em paradas para lanches e após o uso de sanitários).
O documento lembra ainda que a solicitação do comprovante vacinal não desobriga os locais de uso coletivo a adotarem medidas de uso de máscaras de proteção respiratória e utilização álcool a 70% para higienização adequada das mãos, estando sujeitos à fiscalização dos órgãos competentes.
Cenário
Nos hospitais sob a gestão do Estado, atualmente a média de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 tem transitado entre 60% para adultos e 40% na pediatria. Para evitar um possível cenário de sobrecarga dos sistemas de saúde, a superintendente reiterou que a vacinação continua sendo a medida mais eficiente para o controle da pandemia.
Em Goiás, as coberturas vacinais de esquema primário completo e, principalmente, de doses de reforço, estão abaixo da média nacional, com 1.899.000 pessoas com dose de reforço em atraso, um milhão de pessoas com segunda dose em atraso e, aproximadamente, um milhão de pessoas que não receberam nenhuma dose.
De acordo com as últimas análises, o maior número de casos graves e óbitos se deu entre pessoas não vacinadas ou com imunização incompleta. De cada 100 mil pessoas com mais de 60 anos, 594,75 que estavam com cartão incompleto ou sem nenhuma dose foram internadas e 446,06 casos evoluíram para óbitos. Neste mesmo público, quem estava vacinado com o reforço registrou taxa de 31,71 de internações e 20,05 mortes, por 100 mil habitantes.
Clique aqui e acesse a nota de recomendações divulgada pelaa SES-GO.
Fonte: SES – Governo de Goiás
Fonte: Portal Goiás