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Adolescente Aprendiz abre oportunidades para sistema socioeducativo de Sergipe

Parceria firmada na quinta-feira (27/5) vai possibilitar a adolescentes que estão em cumprimento de medida socioeducativa em Sergipe participarem de atividades práticas do processo de formação profissional nos espaços físicos do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), tanto na capital como no interior. O Projeto Adolescente Aprendiz é fruto de cooperação técnica entre TJSE, Ministério Público do Trabalho em Sergipe, Ministério Público de Sergipe, Superintendência Regional do Trabalho, Fundação Renascer e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

O presidente do TJSE, desembargador Edson Ulisses de Melo, destacou experiências pessoais. “Eu sei o que é enfrentar adversidades, enfrentar a vida sem bens materiais, só com bens morais. Fiquei órfão aos 16 anos. Naquela idade tinha tudo para me desviar da lei, mas graças às orientações dos meus pais, à igreja e às escolas onde estudei conquistei muitas coisas. Por isso, me sinto até emocionado em firmar esse termo de cooperação.”

A vice-governadora do estado, Eliane Aquino, afirmou que o Projeto Adolescente Aprendiz faz valer a determinação constitucional de prioridade absoluta à criança e ao adolescente. “Carregamos muitos sonhos de transformar a vida desses meninos. E quem trabalha nessa área sabe o quanto isso é possível.”

A parceria entre os órgãos e com o segmento empresarial foi destacada pela juíza Iracy Mangueira, coordenadora da Infância e Juventude do TJSE. “A articulação do Sistema de Justiça para garantir o cumprimento da aprendizagem profissional no âmbito do sistema socioeducativo e dos órgãos estaduais é um importante instrumento de garantia de inserção desses adolescentes no contexto da profissionalização. O que contribui para a erradicação do trabalho infantil e para um atendimento socioeducativo capaz de constituir-se em uma resposta a esse indivíduo em construção.”

A Fundação Renascer é o órgão do governo estadual responsável pelas unidades socioeducativas. Segundo o presidente Wellington Mangueira, tem sido feito um grande esforço para que os adolescentes em conflito com a lei possam ressignificar suas vidas. “Com esse projeto, eles têm oportunidade de receber uma bolsa para estudar e aprender uma profissão, tirar a Carteira de Trabalho e, assim, serem donos do próprio destino.”

A promotora de Justiça do MPSE, Maria Lilian Mendes Carvalho, fez um balanço dos adolescentes já inseridos no projeto. “Esse tipo de serviço já era ofertado, mas nunca acontece de forma tão articulada. Muitos desses meninos têm ficado nas empresas porque surpreendem pela dedicação, diminuindo os abismos sociais e construindo uma história diferente.”

Fonte: TJSE

Fonte: Portal CNJ – Agência CNJ de Notícias

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