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“Eu ganhei muito mais do que eu dei”, diz servidora do TRE-BA sobre adoção

Adotar uma criança é um ato que envolve saber dar e receber amor. Além dos sentimentos, a decisão precisa considerar diversos fatores sociais e legais. Para sensibilizar a sociedade acerca da importância da adoção, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) aderiu à campanha “Adotar é Amor”, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O objetivo é também contribuir para desmistificar algumas questões sobre o tema.

A servidora Alexandra Rodrigues Vasques, analista judiciária do TRE-BA lotada na Seção de Apoio e Assistência Jurídica, em 2008 – aos 40 anos -, decidiu entrar na fila de adoção. Alexandra já era mãe de Bernardo, na época com cinco anos de idade, mas diz que sonhava com mais filhos. “Sempre quis ter muitos filhos. Sempre quis adotar também. Eu sempre quis ser mãe.”

O desejo foi realizado em 2012, quando Ana Vitória, com 10 anos de idade, chegou. O encontro entre mãe e filha parecia estar predestinado. “Eu planejei adotar uma criança. Teoricamente, não era ela. Ana não se encaixava nos parâmetros que havia definido quando entrei na lista, mas foi ela quem o destino trouxe para mim e foi uma das maiores felicidades da minha vida”, conta. A servidora havia se cadastrado para ser mãe de mais um menino.

Alexandra conta que chegou a ser chamada para conhecer um garotinho, na época com três anos. “E foi aí que tudo mudou. Cheguei ao abrigo para conhecer um menino e acabei me encantando por uma menina. Foi amor à primeira vista.”

A partir daí, um novo plano foi traçado e Alexandra deu início ao trâmite para a adoção de Ana Vitória. “Fomos, pouco a pouco, nos conectando cada vez mais até que recebi a autorização para que ela pudesse passar o final de semana comigo. Eu já tinha preparado o Bernardo de que o irmão, que ele também já esperava, seria, na verdade, uma irmã. A chegada dela em nossa casa foi uma festa.”

Depois disso, não demorou muito até ser concedida a guarda provisória e, finalmente, em 11 de junho de 2013, Ana Vitória se tornou Ana Vitória Rodrigues Vasques. “A intensidade do amor é igual. Você cuida de cada filho de uma forma diferente de acordo com as necessidades de cada um, mas o amor é igual. A gente deveria normalizar mais a adoção. Quando você normaliza, cai o preconceito. A adoção ainda é vista como uma caridade, mas sempre digo que eu ganhei muito mais do que eu dei. Adotar é uma decisão de amor. É querer, de verdade, ser pai ou mãe.”

Hoje, a servidora diz que não consegue pensar em sua família sem o casal de filhos. “Outro dia, Bernardo me perguntou: ‘mãe, você consegue imaginar a vida da gente sem Vitória?’. Eu disse a ele ‘eu não consigo. Ela é a alegria da casa!’”.

Atualmente, Vitória tem 20 anos de idade e sonha em ser jornalista. Moradora do bairro de Praia do Flamengo, a jovem gosta de registrar os problemas da região para um site de notícias local. “Ela faz de tudo um pouco. Cada hora ela se envolve com algo diferente. Todos dizem que ela é parecida comigo no jeito de ser e ela mesma diz que puxou a mim”, completa a mãe orgulhosa.

#AdotaréAmor

A história da servidora Alexandra é um dos milhares de relatos de encontros entre pais e filhos proporcionados pela adoção. E é justamente para chamar a atenção para isso que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promove a campanha #AdotaréAmor. Para Alexandra, ações desse tipo são essenciais para sensibilizar e esclarecer as pessoas sobre o tema.

A servidora, que já chegou a palestrar sobre a questão, diz que há ainda um grande leque a ser aberto em torno da adoção. Ela conta que, em geral, os futuros pais não costumam ser flexíveis em relação ao perfil que definem para o filho. “Minha filha foi para o abrigo com apenas cinco aninhos. Quando nos encontramos, eu já estava há quatro anos na fila da adoção e ela já tinha completado dez anos de idade. Penso que, se eu tivesse aberto meu leque, poderíamos ter nos encontrado bem antes.”

De acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do CNJ, a Bahia dispõe, atualmente, de 966 pretendentes à adoção contra 139 crianças e adolescentes disponíveis. O sistema mantém dados atualizados de crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas habilitadas para adotar em todo o Brasil. O grande desafio é combinar cada criança com os perfis pré-estabelecidos pelos pretensos pais.

Fonte: TRE-BA

Fonte: Portal CNJ – Agência CNJ de Notícias

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