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Justiça do Amapá apoia combate a abuso e exploração de crianças e adolescentes

Com o tema “Não deixe quem você ama ser a próxima vítima”, o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP) deu início à campanha Maio Laranja, nessa quinta-feira (6/5). Com o objetivo de dedicar o mês de maio para conscientização, orientação e prevenção aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes, a campanha conta com uma rede de apoiadores, entre órgãos públicos, entidades civis e autoridades policiais brasileiras e francesas. Serão realizadas, durante o mês, diversas ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, em todo o estado e na região fronteiriça entre Brasil e Guiana Francesa.

“Proteger nossas crianças desse mal que é inaceitável”, ressaltou o presidente do TJAP, desembargador Rommel Araújo, sobre o objetivo da campanha na cerimônia de abertura. “Estamos formando uma verdadeira corrente de mobilização e combate à exploração e abuso contra nossas crianças e adolescentes, e agora o desafio é tornar essa mobilização em combate efetivo, mostrando as formas de combater, identificar e também denunciar essas práticas que muito nos entristecem.”

A participação de diversas instituições parceiras é fundamental para o sucesso das ações preventivas, conforme explicou a coordenadora da campanha no Amapá, juíza Larissa Antunes. “Não se faz política pública relacionada às crianças e adolescentes sem a participação de toda a sociedade, pois temos a responsabilidade, não apenas como órgão, mas também como família, de cuidar e garantir condições favoráveis ao bom desenvolvimento de nossas crianças.”

O presidente do Fórum Nacional de Justiça Protetiva (FONAJUP), juiz Hugo Zaher, parabenizou a iniciativa do Judiciário amapaense, evidenciando a prioridade absoluta do Tribunal em relação aos cuidados com o público infantojuvenil. “Nesta grande mobilização podem contar com nosso apoio para que os demais tribunais ressoem essa importante campanha.”

Como símbolo da campanha foi escolhido o pássaro conhecido como Galo da Serra (rupicola rupicola), uma ave de cor alaranjada que vive solitário na região amazônica, assim como também são as crianças que vivem sob o medo e vergonha de uma culpa que não é delas. “Vamos transformar um pássaro que vive solitário em um símbolo de luta, de que não podemos deixar nossas crianças perderem o direito fundamental de terem uma infância saudável, livre de qualquer tipo de violência”, explicou o desembargador Rommel Araújo.

Fronteira

É preocupante o número de casos relativos à exploração infantil nas áreas transfronteiriças. Assim, uma das frentes de trabalho da campanha Maio Laranja – Não deixe quem você ama ser a próxima vítima, terá como foco a divisa entre Brasil e Guiana Francesa. A juíza Fabiana Oliveira, titular na Comarca de Oiapoque, esteve liderando a mobilização de entidades brasileiras no município e da Guiana, para uma cooperação capaz de conter de forma eficaz os crimes contra crianças e adolescentes.

Outro fator determinante para o tratamento do tema é imprescindível a participação das escolas na abordagem e identificação de possíveis casos de exploração e abusos. “Estamos abrindo também a parceria com as secretarias de educação, pois é preciso ampliar o debate no ambiente escolar, com abordagens didáticas sobre este tema tão delicado”, disse a juíza Larissa Antunes.

Com campanhas nas redes sociais, atividades de prevenção, iluminação de prédios públicos na cor laranja, dentre outros, durante todo o mês de maio, o ponto alto da campanha ocorrerá em 18 de maio que é o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi instituída em 1988, em referência ao crime ocorrido no dia 18 de maio de 1973, quando Araceli Crespo, de 8 anos foi sequestrada, drogada, espancada, violentada e morta.

Fonte: TJAP

Fonte: Portal CNJ – Agência CNJ de Notícias

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